Avaliação e Qualidade na EAD

   "No âmbito da pedagogia, a avaliação é um processo sistematizado de registro e apreciação dos resultados obtidos em relação às metas educativas estabelecidas previamente".
(http://www.significados.com.br/avaliacao/)

    Na área da educação à distância existem dois nomes a serem pensados no que se refere às formas de avaliação que são: Evaluation e Assessment, as diferenças entre eles são que em uma tem-se uma avaliação geral do curso, e na outra se avalia a aprendizagem dos alunos, seu desempenho. As duas formas de avaliação são relevantes para a EAD, uma vez que são eficazes aos fins a que são destinadas. Uma fornece subsídios à outra, sendo a Assessment a base estrutural para se ter Evaluation, uma complementa a outra, tornando imprescindível a utilização destes dois processos.   
   As avaliações ocorrem para haver, como citado na definição acima, a sistematização de registros e apreciação de resultados, sendo assim, de extrema importância para o bom andamento de um curso. Na educação à distância a avaliação destina-se ao aluno de forma individual e coletiva, dando oportunidade das pessoas conseguirem, a partir da interação com outras pessoas, aprenderem com mais facilidade, garantindo uma socialização e uma integração de determinado grupo, de forma que possa unir as formas a fim de se obter bons resultados para o aluno.   
   Exige-se que o aluno seja avaliado quando da sua chegada e dos seus primeiros contatos com o curso, para que haja um nivelamento, e para que se comece a introduzir os conhecimentos necessários ao curso, permitindo ao aluno não se sentir perdido e confuso, contribuindo também para a avaliação da qualidade dos alunos que o curso possui.
   Algumas formas de avaliar como trabalhos, portfólios, fóruns, atividades, questões de múltipla escolha, entre outras, são fundamentais na pedagogia da avaliação. É fundamental também a utilização de relatórios na avaliação obtendo com mais facilidade estatísticas, o que gera uma organização nesse processo avaliativo.
   A obrigatoriedade da avaliação presencial é também de fundamental importância no processo avaliativo, uma vez que, unida a todos os elementos antes mencionados garantem que o aluno esteja integrado e possa participar criticamente, e de forma colaborativa, garantindo a qualidade ao curso.

Como ser um aluno virtual?

   O aluno virtual deve utilizar a sua experiência para enriquecer o processo de aprendizagem, compartilhando idéias e informações e valorizando as relações humanas durante os cursos online.

   Deve seguir algumas diretrizes estabelecidas pelo curso para uma participação através da interação e comunicação.
   Deve se comprometer consigo e com o grupo no qual irá participar gerenciando o tempo dedicado para a realização das tarefas solicitadas.
   Deve saber e de fato trabalhar em conjunto. Utilizar os fóruns para discutir, refletir é uma das formas de enriquecer a colaboração assim como estar preparado para dar feedbacks construtivos para os colegas.
   Deve ser responsável pelo processo de aprendizagem, através de pesquisa, debates, simulações... O professor neste processo é um facilitador/mediador.

   Deve estar aberto a novas experiências e acreditar que a aprendizagem de alta qualidade pode acontecer em qualquer lugar e qualquer tempo.

(PALLOFF, Rena M.; PRATT, Keith. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-line Porto Alegre: Artmed, 2004.)

   Um aluno virtual está inserido em uma modalidade de ensino ainda não tão valorizada no Brasil, onde ainda é grande o preconceito contra a modalidade de ensino virtual, o que faz com que diversas pessoas que entram em cursos online desistam, em sua maioria, logo de início; um erro grande cometido por esses estudantes, uma vez que não se fundamentam e não sabem como agir, uns porque realmente não conseguem acompanhar a dinâmica da EAD, outros por simples motivos relacionados à intensividade da busca e da pesquisa, característica essencial do aluno de um curso a distância. E são características como essa que fazem dos alunos de EAD diferente em alguns sentidos. O aluno precisa estar completamente integrado com o ambiente virtual, participar de grupos, de projetos, de fóruns, discutir virtualmente, interagir com a turma a fim de obter resultados positivos na socialização e facilitação da aprendizagem, estar sempre disposto a pesquisar e habituar-se ao fato de ser o aluno o protagonista deste sistema de ensino. Esses métodos facilitam e efetivam a aprendizagem do aluno, uma vez que se tornam objetivos coletivos e individuais para o melhor desempenho e aproveitamento do curso. Para os alunos que estão entrando em contato com a EAD poderiam ser elencados todos os métodos acima citados, mostrar o quanto é fundamental a pesquisa para essa modalidade de ensino e tornar-los membros propagadores e receptores do conhecimento.

Planejamento na EAD

  
   De acordo com Corrêa e Ribeiro (2004), "o planejamento e a avaliação em Educação a Distância - EAD surge numa nova perspectiva, onde o espaço e o tempo caracterizam-se por necessidades de reflexões e redirecionamentos de todo processo, assumindo caráter de redemocratização do ensino". 
   
   O planejamento surge junto à avaliação, a qual problematizará as ações desenvolvidas pelos sujeitos envolvidos em todo processo, logo alguns elementos são necessários para construção de um fazer educação via modalidade à distância, tais como: a interação do sujeito com o conhecimento, a importância da proposta pedagógica, o acesso, os canais de interação, o tipo de inovação, os custos, o processo de avaliação e o processo ensino-aprendizagem.
   O planejamento na EAD é algo que é pensado e é também necessário desde sua criação, possibilitando uma estruturação e um desenvolvimento mais eficaz de um curso. O planejamento em EAD pode e deve constituir-se em um momento de reflexão sobre a prática educativa de uma forma geral e não só como uma sequência lógica e estrutural de organização.
   Devemos considerar os elementos de aprendizagem de forma adequada no decorrer do processo de ensino-aprendizagem a distância, a partir de um planejamento consistente, como forma de fazer educação comprometida, os quais concebam ao aluno autonomia na construção do conhecimento.